Com alta no minério de ferro, analistas da Necton Investimentos alertam acompanhar de perto o mercado chinês
Nesta madrugada o minério de ferro subiu +5,37% em Qingdao, a província de Shandong no leste da China, ultrapassando a marca dos US$100 dólares. Com isso, as ações de mineração e siderurgia estão entre os destaques de alta do Ibovespa hoje.
Bruna Marcelino, estrategista-chefe da Necton diz que “A economia da China está sendo bastante impactada com os sucessivos lockdowns. Porém os dirigentes do governo seguem reafirmando o apoio à economia. Então a China se encontra em um dilema: seguir com as restrições da política de covid zero ou impulsionar sua economia já que a meta do PIB para esse ano tem ficado cada vez mais prejudicada com essas restrições. Atualmente, os drivers positivos para o minério de ferro têm sido: 1) flexibilização da mobilidade; 2) diminuição dos estoques de aço e 3) recuperação do setor imobiliário chinês. Uma reabertura total da China poderia impulsionar as commodities e o nosso Ibovespa”, analisa.
A estrategista-chefe alerta que é importante acompanhar de perto o que ocorre na China pois é um gigante global que está com inflação controlada, enquanto os EUA e a Europa seguem com uma política de aumento dos juros para controlar a inflação. O CPI (índice de inflação) de junho registrou inflação de apenas 2,5% no acumulado dos últimos 12 meses na China; enquanto os EUA divulgaram inflação de 9,1% no mesmo período.
Segundo levantamento do Rodrigo Barreto, analista de investimentos da Necton, o minério de ferro chegou próximo dos US$170 dólares no 1º trimestre deste ano. No mesmo período, a Vale subiu +22,6% e o Ibovespa acumulou alta de +14,5% no período. Sendo que a Vale representa 14% do Ibovespa. “A Vale é uma forma de fazer exposição à China e apostar na reabertura total”, conclui.
